sábado, 28 de julho de 2007

DOMINGUEIRO - Joca Martins (novo cd)

Apresentação
É o décimo primeiro. O número que vem como uma referência, avalizando um trabalho, como se fosse uma nota, uma credencial, mais que dez.O referencial dos palcos, a experiência da estrada, cantando Brasil afora, nos rodeios ou nos teatros. A força da voz já é a marca registrada, o domínio da técnica vocal aliado a um instrumental primoroso só agrega qualidade pra música gaúcha.Mas de fato, o que emociona é o modo como sua música chega aos nossos ouvidos. Surpreendente, marcante. Com vida e energia própria. Joca Martins tem o dom divino de cantar e encantar. Com Domingueiro, Joca Martins nos leva a um passeio; que começa com ¨Baldas de potro cuiudo¨, entre mistérios e segredos de um oficio macanudo, pelos bailes da vida, como ¨O Bailão da catacumba¨ou ¨Um casório de fronteira¨... Quando percebemos já é domingo... ¨A pilcha reservada, pra folga da lida, e uma boinita antiga, atirada pra trás... É como se vivêssemos a história, um mourito pela estrada, leva a estampa de campeiro, pra os carinhos da amada¨...Essência campeira, a sutileza da arte, e precisão do compasso, harmonia dos parceiros. A busca da perfeição sonora vem pelos mágicos foles da gaita de Luciano Maia, responsável também pela produção musical do CD. Os violões têm o tom de Márcio Rosado; no baixo Rodrigo Maia, a batida - a percussão, tem a mão de Fernando do Ó. Fabiano Bacchieri e Anomar Danúbio Vieira brindam Domingueiro como participações mais que especiais. Gravado em Janeiro de 2007, num verão quente, de sol firme e forte, força que ficou marcada no CD.

Domingueiro ultrapassou a fronteira entre criador e criatura; não é mais uma música... É quase um hino, que nós gaúchos temos o privilégio de desfrutar!
Por Mônica Boeira
Capital dos gaúchos, crescente de fevereiro do ano santo de 2007.
Faixas
01. Baldas de Potro Cuiudo
02. No bailão da catacumba
03. Domingueiro
04. Milongão da gineteada
05. Doma gaúcha
06. Cruzando a querência
07. Que colorada veiaca
08. Estória de laços
09. Milongão campo afora
10. Num casório de fronteira
11. Estampa de bandear querência
12. Onde andará
13. Nos encontros do mouro
14. Um certo tiro de laço
15. Qualquer uma!
Ficha Técnica
Parceria Galpão Crioulo Discos!!!
Produtor fonográfico: USADISCOS
Direção Geral e Artística: Theoodoru Allex Hohenbergger

Coodenação executiva: Francisca Lemos
Produção musical e arranjos: Luciano Maia
Gravado no Audio Laser Sound Design, em janeiro de 2007.
Captação: Saul Jones
Mixagem: Saul Jones e Luciano Maia
Masterização: Carlinhos Weiss
Fotos: José Guilherme Martiniwww.crioulos.com.br
Local das fotos feitas em 25/07/2006 Estância Caneleira.
Cabanha Campana www.cabanhacampana.com.br
Cavalo das fotos: Campana Moro Viejo
Design e programação visual:Valder Valeirão
Participações especiais:Fabiano Bacchieri nas músicas Milongão campo afora e Onde Andará
Anomar Danúbio Vieira na música Que colorada veiaca!
Músicos convidados:Luciano Maia (acordeom e voz)Márcio Rosado (violões)Rodrigo Maia (baixo)Fernando do Ó (percussão)
Contato para Show: (053) 9982 1085/ jocacavalocrioulo@terra.com.br

Cavalo Crioulo - Padrão da Raça

Cabeça:
- Perfil retilíneo, curta, delineada, fronte larga e bem desenvolvida, orelhas curtas, bem inseridas, olhos proeminentes e com vivacidade.
Pescoço:
- Bordo superior subconvexo, crinas grossas e abundantes, bordo inferior retilíneo, forte, musculoso e de comprimento mediano.
Linha superior :
- Cernelha com destaque moderado, musculosa, dorso mediano, musculoso, lombo musculoso, unindo suavemente o dorso e a garupa, garupa moderadamente larga e comprida, levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores.
Tórax, ventre e flanco:
- Peito amplo, largo, profundo, paletas com inclinação mediana, musculosas, costelas arqueadas e profundas, ventre com razoável volume, flanco curto, unindo harmonicamente o ventre ao posterior.
Membros anteriores e posteriores:
- Braços e cotovelos musculosos, antebraços aprumados, joelhos fortes, canelas curtas, com tendões fortes e definidos, aprumadas, cascos de volume proporcional ao corpo, medianamente inclinados, quartos musculosos, com nádegas profundas, pernas moderadamente amplas, garrões fortes e secos.
Pelagens Básicas:
Alazão, Baio, Branco, Cebruno, Colorado, Douradilho, Gateado, Mouro, Oveiro, Picaço, Preto, Rosilho, Tobiano, Tordilho e Zaino.
Pelagens compostas:
Alazão chamalotado ou apatacado: quando tem manchas mais claras e arredondadas.
Alazão dourado: o típico com reflexos do ouro.
Alazão típico: o que tem a cor da brasa ou da cereja.
Alazão ruano: quando tem a cauda e crina claras.
Branco albino, melado ou rosado: quando há uma despigmentação congênita, inteira ou parcial, das pestanas e da íris. Sua pelagem tem reflexos rosados. É sensível ao sol.
Baio branco ou claro: é uma tonalidade de creme desmaiado.
Branco mosqueado:o que leva pelo corpo, em forma irregular, pontos pretos do tamanho de uma mosca.
Branco porcelana: o que tem manchas pretas, as quais, por transparência, por meio dos pêlos brancos, produzem reflexos azuis da porcelana.
Baio achamalotado ou apatacado: quando apresenta manchas redondas e mais claras do que o resto do corpo.
Baio amarelo: é como uma gema de ovo, quando estendida numa porcelana branca.
Baio encerado: quando tem a cor mais escura, parecendo-se com a cera virgem.
Baio cabos negros: quando tem as extremidades dos membros, da cauda e a crina escuras.
Baio cebruno: também escura, levando no corpo manchas mais escuras do que o baio encerado.Baio dourado: quando tem reflexos do ouro.
Baio ovo de pato: quando tem uma cor amarelado creme. Sua crina, cauda e cascos também são cremes.Baio ruano: é um baio com a cauda e crina claras.
Colorado típico: é avermellhado com o tom claro.
Colorado pinhão: tem a cor do pinhão.
Cebruno ou barroso: com a tonalidade mais escura do que a do baio cebruno, parecendo-se com a cor do elefante.
Douradilho: é um colorado desmaiado com reflexus dourados.
Douradilho pangaré: é o que tem o focinho, axilas e ventre mais claros.
Gateado típico: é um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura.
Gateado osco ou pardo: é mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo.
Gateado pangaré: o que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara.
Gateado ruivo: o que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo.
Lobuno claro: quando se parece com a plumagem de uma pomba.
Lobuno escuro: quando mais escuro do que o lobuno claro.
Zaino claro: da cor da castanha.
Zaino negro: como a castanha mais escura.
Preto típico: tem a tonalidade semelhante ao carvão.
Preto azeviche: preto vivo com reflexos brilhantres.
Tordilho claro: quando tem predominância de pelos brancos.
Tordilho negro: predomina os pelos pretos. Com a idade vai se tornando claro.
Tordilho chamalotado ou apacatado: quando com manchas arredondadas mais claras.
Mouro negro: se parece com o tordilho negro, com tonalidade azulada.
Mouro claro: é um gris azulado.
Oveiro azulego: é um mouro claro com manchas brancas.
Oveiro bragado: quando em qualquer pelagem portam manchas isoladas no baixo ventre.
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Oveiro de índio: qualquer pelagem com manchas de tamanho médio.
Oveiro chita: é overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Rosilho abaiado: quando tem pelos amarelados entre o vermelho e o branco.
Rosilho claro ou prateado: quando predominam os pelos brancos sobre os vermelhos.
Rosilho colorado: quando predominam os pelos vermelhos sobre os brancos.
Rosilho gateado: é um gateado com pelos brancos.
Rosilho mouro: é uma mescla entre pelos vermelhos, brancos e pretos.
Rosilho overo: quando dentro da pelagem rosilha tem manchas brancas.
Rosilho tostado: quando tem pelos tostados em lugar dos vermelhos.
Tobiano baio: é um baio nas mesmas condições dos demais tobianos.
Tobiano colorado: é um colorado nas mesmas condições do tobiano negro.
Tobiano negro: é um preto com manchas brancas grandes divididas com o preto.
Tobiano gateado: é um gateado nas mesmas condições dos demais.
Zaino claro: da cor da castanha.
Zaino negro: como a castanha mais escura.
Também existem tobianos cebruno, alazão, douradilho, zaino, tordilho, etc.
Outros detalhes de pelagem:
Entrepelado: o que tem uma mescla de pelagens diferentes, formando assim um total indefinido. Pangaré: quando descolorido em algumas regiões do corpo, sobretudo nas partes inferiores, destacando-se nas axilias, focinho e ventre, seu descolorido se assemelha a cana da Índia.Rabicano: quando nas caudas escuras tem pelos brancos na sua base.
Fonte: O Cavalo Crioulo: Seis Décadas de Experiência, de Dirceu dos Santos PonsLivraria e Editora Agropecuária, 1993

FREIO DE OURO - Provas

O Freio de Ouro é uma avaliação rigorosa e integral do cavalo da raça crioula. Acompanhe, passo a passo, com a orientação do veterinário e crioulista Gilberto Loureiro de Souza, como ocorre uma competição do Freio de Ouro.
O Freio de Ouro divide-se em duas etapas:
PARTE 1 - MORFOLOGIA: é uma avaliação do padrão racial e do nível de enquadramento do animal aos padrões seletivos da raça. São valorizadas, nessa etapa, características como o equilíbrio estrutural, a frente leve, a firmeza da linha superior e um bom relevo muscular. Todo o conjunto tem de estar bem sustentado sobre bons aprumosPontuação: de zero a dez.
PARTE 2 - PROVA FUNCIONAL: a segunda fase da competição, a parte funcional, que avalia o desempenho do animal em atividades derivadas das lidas do campo, divide-se por sua vez em dois momentos:
Primeiro momento
1) Andadura: Na primeira demonstração funcional da prova, exige-se do cavalo a definição e manutenção de três modos diferentes de andar:
a) Trancob) Trotec) Galope
São observados nessa etapa a tipicidade do andar, a comodidade, o avanço e o equilíbrio.Pontuação: de zero a 15.Tranco= de 0 zero 3 / Trote= de zero a 8 / Galope= de zero a 4Importante:o trote tem peso maior na pontuação porque é a andadura mais utilizada pelo cavaleiro em um deslocamento longo pelo campo.
2) Figura: Prova de média exigência, desenvolvida em um circuito demarcado por fardos de feno, em que se avalia o equilíbrio nas trocas de mãos e patas, potência de execução e submissão a todas as solicitações do ginete.Pontuação: de zero a 15
3) Volta sobre patas e esbarrada: Um dos momentos mais difíceis do Freio do Ouro. Divide-se em duas partes:
a) Volta sobre patas: O ginete leva o cavalo à frente dos jurados, faz o animal girar sobre o próprio corpo 360 graus para um lado e em seguida para o outro. Pode fazer de uma a três voltas. Mas deve fazer para um lado o mesmo número de voltas que realizou para o outro.
b) Esbarrada: O ginete acelera o cavalo por uma distância de 20 metros e em seguida solicita ao animal uma freada brusca, fazendo com que ele se apóie sobre os posteriores. O cavalo praticamente "senta" no chão. A seguir, o ginete repete o movimento em sentido contrário. Esta etapa traduz um dos movimentos símbolos do cavalo de trabalho, que é a sua completa submissão ao comando do cavaleiro. O cavalo tem de enfiar corretamente os posteriores entre as mãos e parar sem saltar.Pontuação: de zero a cinco para a volta sobre patas, sendo 2,5 pontos para cada lado que o animal roda. E de zero a dez para a esbarrada, sendo cinco pontos para cada movimento executado.
4) Mangueira: É o primeiro momento em que o cavalo trabalha com gado. Na mangueira, o animal mostra sua aptidão vaqueira, equilíbrio, impulsão e coragem. Esta prova é tão importante que ocorre duas vezes durante o Freio de Ouro. Divide-se em três momentos:
a) O cavalo tem de apartar (separar) um dos dois novilhos que estão na mangueira.
b) O cavalo tem de manter o novilho afastado do outro bovino por 45 segundos.
c) O cavalo tem de arremeter com o peito, ou "pechar" (do espanhol, el pecho, o peito) contra a lateral do novilho apartado num ângulo de 45 graus, primeiro por um lado e depois pelo outro, e fazer o animal recuar. Tem 45 segundos para executar o movimento.
Pontuação: de zero a 15. Aparte = de zero a 10 / Pechada= de zero a 5 (2,5 pontos para cada execução).
5) Prova de Campo ou Paleteada 1: Última e decisiva etapa do Primeiro Momento do Freio de Ouro. Observa-se aqui, mais uma vez, a aptidão vaqueira, a velocidade, a força e a total submissão do cavalo ao cavaleiro. Duplas, formadas pelo resultado da pontuação acumulada até o momento (o primeiro com o segundo, o terceiro com o quarto e assim sucessivamente) perseguem um novilho por uma raia de 110 metros de comprimento por 50 metros de largura, com marcações de fardos de feno aos 30 metros, 80 metros e 110 metros. Nos primeiros 30 metros, os ginetes deixam o novilho correr. Entre os 30 metros e os 80 metros, o novilho deve ser "prensado" entre as "paletas" dos dois cavalos, daí a expressão paleteada. Após a ultrapassagem do marco de 80 metros e antes do final da raia, os ginetes adiantam os cavalos em relação ao novilho, cortando-lhe a frente, para que o animal retorne. Na volta, a paleteada se repete, para que o novilho seja reconduzido à mangueira.Pontuação:de zero a 15. Importante: Até este momento, as notas que aparecem nas placas são multiplicadas por 1,5. A seguir, é feita a soma de todas as notas obtidas e o resultado é dividido pelo número de provas executadas e somado com a pontuação da morfologia. O resultado credencia de 40% a 50% dos cavalos e ginetes para o segundo momento do Freio de Ouro.
Segundo momento
6) Mangueira:A prova é uma repetição dos movimentos executados no primeiro momento.Pontuação: de zero a 20
7) Bayard-Sarmento:Prova em que se exige velocidade na execução, correção nos movimentos e atenção à submissão. É realizada em uma raia de 80 metros. O cavalo arranca em velocidade, percorre 40 metros, esbarra, faz a volta sobre patas para um lado e para outro de uma a três vezes, volta a correr 40 metros, esbarra novamente. Depois gira 180 graus, corre mais 40 metros e repete a esbarrada. Faz a volta sobre patas para ambos os lados, corre mais 40 metros e faz a última esbarrada.Pontuação: de zero a 208) Prova de Campo ou Paleteada 2:Tudo igual a primeira.Pontuação: de zero a 20 Importante: As notas que aparecem nas placas deste segundo momento do Freio de Ouro são multiplicadas por dois e somadas. A soma é dividida pelo número de provas executadas até o momento e o resultado é somado com a pontuação da morfologia. Chega-se, assim, ao resultado final da prova do Freio de Ouro.
Fonte: Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC)

FREIO DE OURO - História

O primeiro esboço do que hoje é o Freio de Ouro ocorreu no ano de 1977 na 1ª Exposição Funcional de Jaguarão, uma mostra modesta, mais ou menos improvisada, com um número reduzido de participantes, mas um grande sucesso. Naquele momento, os criadores de cavalos crioulos verificaram que o desenvolvimento da raça passava pela promoção de provas funcionais. Até então, demonstrações desse tipo não faziam parte do calendário oficial da raça, existindo apenas julgamentos morfológicos. Em 1980, a 3ª Funcional conseguiu atrair a atenção do país inteiro, sendo visitada pelo então presidente da República, general João Batista Figueiredo, um aficionado por cavalos. No ano do cinqüentenário da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), 1982, o então presidente da entidade, Gilberto Azambuja Centeno, oficializou a prova campeira que seria realizada durante a Expointer. O Freio de Ouro foi inspirado nas exposições funcionais de Jaguarão, que passou a ser uma etapa classificatória tal como Pelotas e Bagé. No ano seguinte, Uruguaiana também integrou essa lista.No primeiro ano com as três classificatórias, participaram 12 animais, competindo, sem distinção de gênero. O primeiro campeão foi Itaí Tupambaé, filho de La Invernada Hornero (consagrado reprodutor da raça) e Preciosa dos Cinco Salsos, do criador Oswaldo Pons, um dos grandes crioulistas de todos os tempos. A partir daí, firmava-se o Freio de Ouro, como o grande acontecimento da maior raça de eqüinos do Rio Grande do Sul.Em 1983, a prova do Freio de Ouro foi batizada com o nome de Roberto Bastos Tellechea, uma homenagem póstuma a esse incentivador da raça crioula. Em 1990, houve outra grande perda com o falecimento do veterinário Flávio Bastos Tellechea. Em reconhecimento, a prova Freio de Ouro levou o nome dos dois irmãos "Flavio e Roberto Bastos Tellechea".Desde o início até hoje, ocorreram mudanças devido ao crescimento dos adeptos da raça. O que antes eram somente quatro etapas classificatórias e uma final transformou-se em mais de 30 etapas credenciadoras, seis classificatórias no Rio Grande do Sul, uma fora do Estado (itinerante entre São Paulo, Paraná e Santa Catarina) e uma internacional no Uruguai, num total de oito, além da grande final em Esteio. Outra mudança foi a divisão em categorias de machos e fêmeas a partir de 1994.
FONTE:
www.clicrbs.com.br/freiodeouro

SÍMBOLOS RIO-GRANDENSES

O Brasão O brasão rio-grandense remonta a época dos farrapos. Segundo pesquisadores, a sua origem exata é desconhecida. Porém, acredita-se que foi desenhado originalmente pelo padre Hildebrando, recebendo a arte final do Major Bernardo Pires, que pertencia à Maçonaria, o que o influenciou na execução da obra. Ambos foram farroupilhas, com serviços relevantes à causa. (Fonte de Pesquisa: Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Para maiores informações, visite o site http://www.igtf.rs.gov.br/
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/

SÍMBOLOS RIO-GRANDENSES

Hino O hino é o que se compõe da revisão da música de Joaquim José de Mendanha, realizada por Antônio Tavares Corte real, com versos de Francisco Pinto da Fontoura, de forma abreviada consagrada pelo uso popular: a primeira e a última estrofe do poema original, com o estribilho.
HINO RIO-GRANDENSE
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Joaquim José de Mendanha

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade.
(Estribilho)Mostremos valor, constância
nesta ímpia e injusta guerra;
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
Mas não basta
p'ra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo;
povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/

SÍMBOLOS RIO-GRANDENSES

A Bandeira O formato da bandeira gaúcha, como a conhecemos hoje, surgiu durante a campanha republicana no Brasil, na Segunda metade do século XIX, quando jovens políticos como Júlio de Castilhos, no intuito de derrubar a monarquia de D. Pedro II, foram buscar no passado gaúcho símbolos republicanos, da época em que o Rio Grande do Sul fora República, durante a Guerra dos Farrapos. Naquele período, os farroupilhas, ao proclamarem a república rio-grandense, adotaram como bandeira um pavilhão quadrado onde as duas cores brasileiras- o verde e o amarelo- separadas pelo vermelho da guerra. Na mesma época, os farrapos mandaram confeccionar no estrangeiro lenços de seda em cujo desenho aparece a influência da maçonaria. Surgiu, assim, a bandeira, com o brasão tirado do lenço já impresso. Basicamente, essa é a bandeira do Estado do Rio Grande do Sul tal qual como a conhecemos hoje.
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/

CULINÁRIA GAÚCHA

O churrasco é o prato típico do gaúcho, presente nos finais de semana e em dias festivos. O arroz "carreteiro" também compõe a tradicional cozinha gaúcha. Outros pratos, como o feijão mexido (feijão misturado com farinha de mandioca), o quibebe (purê de moranga), a "roupa velha" (sobras de carne com ovos mexidos), o "espinhaço de ovelha", o charque com madioca, a paçoca de pinhão com carne assado, a couve refogada, o arroz com galinha, o "puchero" (cozido de carne com legumes) fazem parte da culinária rio-grandense.
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/

CHIMARRÃO

O Chimarrão, legado da cultura indígena Guarani, constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul. Também conhecido como mate amargo, o chimarrão é o símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. Preparado em uma cuia e sorvido por meio de uma bomba, a bebida resulta da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas.

Amargo
Autoria: Jayme Caetano Braun

Velha infusão gauchesca

De topete levantado
O porongo requeimado
Que te serve de vazilha
Tem o feitio da coxilha
Por onde o guasca domina,
E esse gosto de resina
Que não é amargo nem doce
É o beijo que desgarrou-se
Dos lábios de alguma china!
A velha bomba prateada
Que atrás do cerro desponta
Como uma lança de ponta
Encravada no repecho
Assim jogada ao desleixo
Até parece que espera
O retorno de algum cuera
Esparramado do bando
Que decerto anda peleando
Nalgum rincão de tapera!
Velho mate-chimarrão
As vezes quando te chupo
Eu sinto que me engarupo
Bem sobre a anca da história,
E repassando a memória
Vejo tropilhas de um pêlo
Selvagens em atropelo
Entreverados na orgia
Dos passes de bruxaria
Quando o feiticeiro inculto
Rezava o primeiro culto
Da pampeana liturgia!
Nessa lagoa parada
Cheia de paus e de espuma
Vão cruzando uma, por uma,
Antepassadas visões
Fandangos e marcações
Entreveros e bochinchos
Clarinadas e relinchos
Por descampados e grotas,
E quando tu te alvorotas
No teu ronco anunciador
Escuto ao longe o rumor
De uma cordeona floreando
E o vento norte assobiando
Nos flecos do tirador!
Sangue verde do meu pago
Quando o teu gosto me invade
Eu sinto necessidade
De ver céu e campo aberto
É algum mistério por certo
Que arrebentando maneias
Te faz corcovear nas veias
Como se o sangue encarnado
Verde tivesse voltado
Do curador das peleias!
Gaudéria essência charrua
Do Rio Grande primitivo
Chupo mais um, pra o estrivo
E campo a fora me largo,
Levando o teu gosto amargo
Gravado em todo o meu ser,
E um dia quando morrer,
Deus me conceda esta graça
De expirar entre a fumaça
Do meu chimarrão querido
Porque então irei ungido
Com água benta da raça!!!
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/

A ORIGEM DO GAÚCHO

O gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas. Até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos. Resultado da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, o gaúcho, por viver no campo cuidando do gado, adquiriu habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira, aspectos que perfazem a tradição gaúcha. Sem patrão e sem lei, o gaúcho foi, inicialmente, nômade. Com o passar dos tempos, a partir do estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, foram alterados os seus costumes, tanto no trajar quanto na alimentação. Mais tarde, já integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. Atuando como instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o gaúcho contribuiu para a defesa das fronteiras com as Regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. A partir disso, o reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fizeram com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Após a Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado sinônimo de homem digno, bravo, destemido e patriota. O gaúcho é definido pela literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Às suas raízes, somaram-se as culturas negra, alemã e italiana, e de tantos outros povos que vieram construir, no Rio Grande do Sul, uma vida melhor. O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade.
FONTE:
http://www.cultura.rs.gov.br/